DIA 12 A ORAÇÃO E BATISMO NO ESPÍRITO SANTO A Oração Pr Carlos
DIA 12
A ORAÇÃO E BATISMO NO ESPÍRITO SANTO A Oração
Pr Carlos
Agrada a Deus
Geralmente, as pessoas pensam na oração em termos de petição de alguma coisa a Deus. Mas isso é apenas uma parte daquilo que está envolvido na oração, e não descreve, de forma perfeita, a essência da oração. A maneira mais útil de compreender a oração é reconhecer que se trata, basicamente, de um relacionamento pessoal. Por meio da oração, permanecemos em Deus. A oração nos coloca em intimidade com o Pai.
Quando Jesus estava ensinando os seus discípulos a orar, ele recomendou que começassem dizendo: “Pai nosso, que estas nos céus” (Mt 6.9). Temos aí a descrição não somente de um relacionamento pessoal, mas também de um relacionamento em família. A coisa mais notável sobre a oração é que ela nos leva à presença de Deus, não como se estivéssemos sentados em um estádio, olhando para a figura de Deus lá na plataforma, mas como se estivéssemos junto com ele em nossa sala de estar.
O livro de Apocalipse refere-se à oração somente duas vezes, mas em ambas às vezes a oração aparece sob a figura de incenso. No quinto capítulo do Apocalipse, vemo-nos a contemplar a cena majestosa do salão do trono, onde Jesus toma um rolo fechado com sete selos, que estava com o Pai. Vinte e quatro anciãos prostraram-se para adorar, e cada um deles trazia “uma harpa e tacas de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos (Ap 5.8). E novamente, no oitavo capítulo do Apocalipse, aparece um anjo diante do altar a fim de oferecer incenso, juntamente com as orações de todos os santos (Ap 8.4)
Enquanto escrevia o Apocalipse, o apostolo João certamente mostrava estar familiarizado com o Salmo 141.2, onde lemos: “Suba perante a tua face a minha oração como incenso, e seja o levantar das minhas mãos como o sacrifício da tarde.” Temos nesse passo bíblico uma referência ao altar do incenso, no tabernáculo. Arão, o sumo sacerdote, queimava ali o incenso, cada manhã e cada tarde, a fim de simbolizar o relacionamento diário entre Deus e o seu povo.
Graças a Jesus Cristo e à sua morte na cruz, não precisamos depender de um sacerdote, como Arão, para queimar incenso e lembrar-nos de nosso relacionamento com Deus. As nossas orações são, elas mesmas, esse relacionamento, e cada um de nós, crentes regenerados, pode dirigir-se diretamente a Deus. Deus aprecia esse relacionamento de oração. O poder do Pentecostes está disponível a todos os crentes hoje, inclusive você, especialmente você! O Espirito Santo está disponível para encher, guiar e derramar a sua graça.
O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO
O batismo no Espírito Santo é o cumprimento da vontade de Deus em nossos dias. Deus anteviu o tempo em que todos os salvos seriam completamente cheios do Seu Espirito para cumprir a Sua missão. Essa realidade foi vivida pela igreja Primitiva. Os discípulos abalaram o primeiro século pelo poder do Espírito (1 Co 2.1-5)
I. IMPORTÂNCIA
1. Prometido por Deus. Desde os tempos remotos a profecia bíblica vaticinava a vinda do Espírito Santo para habitar de forma plena e permanente nos filhos de Deus (Jl 2.28; Is 44.3; Mt 3.11). João Batista anunciou que Jesus iniciaria o tempo do batismo com o Espírito Santo (Mt 3.11).
Como homem, Jesus foi o primeiro a experimentar em Sua vida o revestimento de poder do Espírito (At 10.38). Ele recebeu o poder do Espírito “sem medida” (Jo 3.34). Desde o Seu nascimento até a Sua ressurreição, a vida dele esteve debaixo do poder do Alto (Lc 1.34,35; Jo 1.33; Rm 8.11).
2. Ordenado para os discípulos. Jesus prometeu a vinda do consolador assim que subisse ao Pai (Jo 14.16,17). Ele ordenou aos discípulos que não se ausentassem de Jerusalém até que fossem revestidos de poder (Lc 24.49). Antes de subir ao céu, reforçou novamente a promessa (At 1.8). Revestidos de poder, apesar de suas fraquezas, revolucionaram o mundo da sua época (At 2.1-4; Cl 1.23; Mc 16.20).
Pedro, agora nitidamente um outro homem, colocou-se em pé e falou a uma multidão para a edificação e exortação (At 2.40). Pedro declarou que aquilo que estavam a ver e a ouvir era o cumprimento da profecia de Joel 2.28-32. A promessa se cumpria diante dos olhos deles.
3. Mandamento para a igreja. Ser revestido do poder do Espírito não é uma opção, é uma ordem. Não basta apenas rejeitarmos os desejos do mundo, precisamos, urgentemente, ser cheios do Espírito (Ef 5.18; 1 Co 2.4; 2Tm 1.7).
A importância e urgência do revestimento de poder é para todos nós. Pedro fala que a promessa é para a nossa geração (At 2.39). Dessa forma, fica claro que o cumprimento da profecia de Joel não pode ser limitado ao dia de Pentecostes ou a qualquer outra ocasião, pois o texto diz simplesmente: "a todos os que estão longe isto é, para quantos o Senhor, nosso Deus, chamar", e isso inclui a nós.
II. NATUREZA
1. Distinto da salvação.
O batismo no Espírito Santo não é sinônimo de salvação. Ao aceitar a Cristo como Seu Salvador, o crente recebe a presença do Espírito e é selado por Ele, como propriedade de Deus (Ef 1.13,14). No revestimento de poder, ou batismo no Espírito Santo, ele recebe a capacitação divina, plena e sobrenatural na sua vida para realizar a obra de Deus. Esta benção pode ocorrer no ato, ou depois, de entregar a vida a Cristo. Os discípulos eram salvos e, depois da ressurreição de Cristo, receberam a presença do Espírito através do sopro de Jesus (Jo 20.22), porém, somente no Dia de Pentecostes eles receberam o revestimento de poder do Espírito (At 2.1-4). O mesmo aconteceu com os outros discípulos em Samaria e em Éfeso, quando os crentes receberam a habitação do Espírito Santo na salvação e, depois, foram batizados no Espírito Santo (At 8.12-17; 19.1-6).
2. Revestimento de poder.
Na metáfora bíblica, o crente é vestido de salvação e, em seguida, é revestido de um poder incomparável do Espírito de Deus: “revestidos de poder” (Lc 24.49). O Espírito reveste o salvo de características e atributos especiais, tal como um soldado, para batalhar pela fé em Cristo Jesus (Jd 3; Fl 1.27). O revestimento de poder do Espírito também é descrito como um grande “derramamento” (Jl 2.28,29; At 2.16-21). É a comparação da necessidade humana da presença do Espírito, com a necessidade que Israel tinha de água. O Espírito é distribuído hoje por Deus aos homens como uma grande chuva torrencial (Is 44.3; Jo 4.13).
3. Batismo no Espírito Santo.
Semelhante ao batismo em águas, que é testemunho público da nova vida em Cristo, a vida interior do crente é completamente submersa por Cristo nos rios de águas vivas do Espírito (Jo 7.38,39; At 1.5). Esta experiência, diferente do batismo em águas, deve ser de “mergulhos” e “nados” contínuos nas águas do Espírito (Ez 47. 1-5). As referências de Atos indicam claramente que as línguas estavam associados com o batismo no Espírito, e também que as línguas funcionavam como evidências dessa obra do Espírito. Ser “cheio do Espírito” significa que o Espírito, a partir do Pentecostes, não é mais experimentado com limitou pequenas porções (At 2.4). Esse enchimento repete-se várias vezes no Novo Testamento como símbolo do poder do Espírito (At 4.31; 6.3, 8; 7.55; 9.17).
III. PROPÓSITOS
1. Testemunhar de Cristo.
Pelo batismo no Espírito Santo recebemos poder para pregar a Palavra (At 1.8; 4.13). Foi o poder que transformou a vida de Pedro. Antes do Pentecostes ele era tímido e covarde (Mt 26.58, 69-72). Mas depois do Pentecostes, ele tornou se um pregador e líder poderoso na igreja Primitiva, pregando para multidões (At 2.14; 3.11-20). É impossível um crente ser revestido de poder e não pregar a Palavra de Deus (Mc 16.15; Jd 22,23).
2. Vencer as adversidades.
No poder do Espírito a igreja Primitiva superou as tribulações e as adversidades. Eles tinham coragem e perseverança, mesmo diante das ameaças de morte ou prisões (At 4.19; 5.29). O revestimento de poder traz alegria verdadeira em meio ao sofrimento. Ninguém pode deter um crente cheio do Espírito.
O poder do Espírito dá autoridade, em nome de Jesus, para expulsar os demônios, curar as enfermidades, desfazer as maldições e derrotar as forças de Satanás ( Mc 16.17,18). A unção do Espírito confirma, através de nós, a missão que Cristo já realizou na cruz: destruir as obras de Satanás (1Jo 3.8; Cl 2.15).
3. Operar prodígios.
O revestimento de poder capacita os servos de Deus para a realização de prodígios, milagres e maravilhas (At 2.22; 15.12; Hb 2.4). Cristo declarou que depois da Sua ascensão ao Pai, nós faríamos obras maiores do que Ele fez (Jo 14.12). Está registrado que “muitos sinais e prodígios eram feitos entre o povo pelas mãos dos apóstolos (At 5.12)
IV. RECEBENDO O BATISMO
Requisitos para ser batizado no Espírito Santo:
1. Ser salvo em Jesus Cristo
O derramamento do Pentecostes veio depois da redenção realizada na cruz. Primeiro se aplica o sangue de Cristo, e depois, o óleo. Primeiro os discípulos receberam a salvação e, logo depois, receberam o batismo no Espírito Santo (At 19.1-6). Jesus afirmou “que o mundo não pode receber”, pois o Espírito de Deus não pode habitar numa vida suja e dominada pelo pecado (Jo 14.17).
2. Obedecer a Deus
Deus somente dá o revestimento de poder àquele que lhe obedece (At 5.32). O Consolador, que mora em nós, conhece a motivação do nosso coração. Devemos ser guiados completamente pelo Espírito (Rm 8.4; Gl 5.16,17). Toda insubmissão entristece o nosso Guia (Is 63.10; Ef 4.30)
3. Crer e pedir o batismo
Esta promessa é recebida pela fé como todas as outras bençãos divinas (Hb11.6; Jo 7.39). Não se pode esquecer de que o “enchimento de poder” é um “dom do Espírito Santo” (At 2.38). Como “dom” é um presente divino, não é recebido por méritos pessoais ou qualquer outro preço (At 8.18,19). Nosso Pai Eterno, em Sua bondade, quer nos dar o melhor presente de todos: o Espírito Santo. Os discípulos creram, obedeceram, pediram e receberam o revestimento de poder(At 2.1-4).
Perguntas para Aplicação Pessoal
1. Se concordarmos que a verdadeira essência da oração é a intimidade com o Pai, quais são algumas das aplicações concretas que terão de ser feitas em nossa vida pessoal de oração?
2. Durante os últimos anos, você tem notado um crescente interesse pela oração entre as igrejas e os crentes em geral?
3. Mencione o nome de dois profetas que revelaram o revestimento de poder do Espírito Santo.
4. Destaque dois propósitos do Batismo com o Espírito Santo.
Questões de Princípios Bíblicos Chave.
Os seguintes símbolos são empregados para descrever as operações do Espírito Santo:
1. Fogo. (Is 4.4; Mt 3.11; Lc 3.16) O fogo ilustra limpeza, a purificação, a intrepidez ardente, e o zelo produzido pela unção do Espírito. O Espírito é comparado ao fogo porque o fogo aquece, ilumina, espalha-se e purifica. (Vide Jer. 20.9).
2. Vento. (Ez 37.7-10); Jo 3.8; At 2.2). O vento simboliza a obra regeneradora do Espírito e é indicativo da sua misteriosa operação independente, penetrante, vivificante e purificante.
3. Azeite. O azeite é, talvez, o mais comum e mais conhecido símbolo do Espírito. Quando se usava o azeite no ritual do Antigo Testamento, falava-se de utilidade, frutificação, beleza, vida e transformação. Geralmente era usado como alimento, para iluminação, lubrificação, cura, e alivio da pele. Da mesma maneira, na ordem espiritual, o Espírito fortalece, ilumina, liberta, cura e alivia a alma.
Oração
Eu quero arder com o fogo de Deus! Não me deixes ficar como estou. Quero ser consumido com o fogo de teu amor em favor de teu santo nome. Quero que meu coração arda com as coisas que fazem o teu coração arder. Que o Espírito de oração recaia sobre mim nesta hora!
Faço esta oração no glorioso nome de Jesus!
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