Apocalipse 2 - Carta a Igreja em Esmirna e Pérgamo
Apocalipse 2
Carta a Igreja
em Esmirna e Pérgamo
Cap. 2:8-17
A.
A Igreja de Esmirna – Ap 2:8-11
“E ao anjo da igreja que está em
Esmirna escreve: Isto diz o Primeiro e o Último, que foi morto e reviveu: Eu sei as tuas obras, e tribulação, e pobreza ( mas
tu és rico), e a blasfêmia dos que se dizem judeus e não o são, mas são a
sinagoga de Satanás. Nada temas das coisas que hás de
padecer. Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais
tentados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei
a coroa da vida. Quem tem ouvidos ouça o que o
Espírito diz às igrejas: O que vencer não receberá o dano da segunda morte.”
Esmirna significa “mirra” – “O nome descreve bem a igreja perseguida até a morte, embalsamada
nos perfumes prévios de seu sofrimento, tal como foi a igreja de Esmirna. Foi a
igreja da mirra ou amargura; entretanto, foi agradável e preciosa para o
Senhor”. Esmirna também é famosa por ser a terra natal de Homero (o poeta cego
da mitologia grega) e como lar de Policarpo (bispo de Esmirna).
Podemos ver neste versículo, uma referência a
pessoa de Policarpo; esse pastor nasceu em (69 d. C.), e morreu em (159 d. C.).
O Dr. Russell Norman, diz que a etimologia do nome “Policarpo” significa “muito
forte” ou “frutífero”. Policarpo foi discípulo pessoal do Apóstolo João, homem
muito consagrado, foi o “principal pastor” da igreja de Esmirna durante o
exílio do Apóstolo em Patmos. “A narrativa de seu martírio é narrado por
Eusébio, em sua História Eclesiástica iv 15 e em Mart. Polyc. caps. 12 e 13,
págs. 1037 e 1042. Foi levado à arena, lugar dos jogos olímpicos, um dos
maiores teatros abertos da Ásia Menor, parte da qual construção permanece de pé
até hoje”. Policarpo, deve ser realmente, o “anjo” do texto em foco, pois as
evidências assim o declara (cf. Ec 7.27).
1. Eu sei as tuas obras – ele sabe o que você tem feito e não precisa que ninguém diga a ele.
2. Tua tribulações – ele conhece todos os seus problemas.
3. Tuas pobrezas – ele sabe a tua situação financeira.
4. Mas tu és rico – porque pobreza não esta relacionado com ter ou não posses.
5. Não temas o que vais
padecer – você terá que passar por tribulações, mas a
palavra de ordem é: não temas – não tenha medo eu venci o mundo.
6. O diabo lançará alguns
de vós na prisão para que sejais tentados –
o diabo sempre tenta nos prender de alguma forma e nesse engodo ele no tenta.
7. Tereis uma tribulação
de dez dias – a tribulação tem um tempo específico. Você não
viverá o tempo todo em guerra, não passará o tempo todo tribulação, haverá
tempos de paz e prosperidade, mas haverá tempos de muitas lutas. Essas lutas
elas duram um tempo – dez dias.
8.
Ouça o que o Espírito diz as igrejas.
a. Dois prêmios: 1) Sê fiel até a morte e te darei a cora da vida; 2) o
que vencer não receberá o dano da segunda morte.
B.
A igreja de Pérgamo – Ap 2:12-17
“E ao anjo da igreja que está em
Pérgamo escreve: Isto diz aquele que tem a espada aguda de dois fios: Eu sei
as tuas obras, e onde habitas, que é onde está o trono de Satanás; e reténs o
meu nome e não negaste a minha fé, ainda nos dias de Antipas, minha fiel
testemunha, o qual foi morto entre vós, onde Satanás habita. Mas umas poucas coisas tenho contra
ti, porque tens lá os que seguem a doutrina de Balaão, o qual ensinava Balaque
a lançar tropeços diante dos filhos de Israel para que comessem dos sacrifícios
da idolatria e se prostituíssem. Assim, tens também os que seguem a
doutrina dos nicolaítas, o que eu aborreço. Arrepende-te,
pois; quando não, em breve virei a ti e contra eles batalharei com a espada da
minha boca. Quem tem ouvidos ouça o que o
Espírito diz às igrejas: Ao que vencer darei eu a comer do maná escondido e
dar-lhe-ei uma pedra branca, e na pedra um novo nome escrito, o qual ninguém conhece
senão aquele que o recebe.”
Pérgamo – O nome
significa “alto” ou “elevado” O nome “Pérgamo” estava relacionado a “purgo”,
isto é, “torre” ou “castelo”. Pérgamo, como observa o W. Gesenius: Foi a
“cidadela” de Tróia, e por tal razão tinha este nome.
Para os intérpretes históricos, a
palavra “Pérgamo” leva outro sentido, isto é, invés de “torre” ou “castelho”, traduzem
a palavra por “casada”. Historicamente, nos fins do primeiro, segundo e
terceiro século, especialmente mediante o gnostissismo libertino, e,
profeticamente, na época de Constantino, houve uma espécie de “casamento” entre
a igreja e o estado. Sua suposta significação de “casada”: segundo se diz,
deriva-se disso.
1.
Eu conheço as
tuas obras
– Ele afirma de novo: eu sei as tuas obras; Ele conhece tudo, Ele está em todos
os lugares – seus olhos veem tudo, nada foge ao seu conhecimento.
2.
Sei onde tu
moras
– onde tu habitas, que é onde está o trono de satanás.
a. A possível
referência atribuída ao “trono de Satanás” esta passagem, pode ser (conforme
alguns comentaristas) a COLUNA que havia por trás da cidade, com 300 metros de
altura, na qual havia muitos templos e altares dedicados com exclusividade à
idolatria. Essa colina podia ser um monte ou o “trono de Satanás”, em contraste
com o “Monte de Deus”. Um lugar público de idolatria.
b. Antipas como
sendo uma testemunha de Jesus ousou desafiar sozinho as doutrinas de Balaão e
dos nicolaítas, e selar seu testemunho com seu próprio sangue opondo-se a este
“sistema nocivo”. Semeão Metafrastes, diz que Antipas, o bispo de Pérgamo, foi
colocado dentro de um boi feito de bronze, e a seguir foi aquecido. Seu corpo
foi literalmente, cozido, na chama abrasadora.
c.
Talvez
onde você more o próprio inferno reine, porém você pode e deve vencer!
3.
Segues a
doutrina de Balaão.
a. As
características dos seguidores desta “doutrina” são:
i.
Olho
mau: malícia. – Vê coisas onde ninguém mais vê.
ii.
Espírito
orgulhoso: egoísmo. – Ele é o cara. Somente o que ele sabe é o melhor; somente
o que ele faz está certo; se ele não tiver participação, então não está bom.
iii.
Alma
sensual: imoralidade. – Explora a sensualidade, o culto ao seu corpo.
iv.
Em
Apocalipse 2.14 encontramos a expressão “doutrina de Balaão”. Por conseguinte, existem;
(aa) O caminho de Balaão. 2Pd 2.15. (bb) O erro de Balaão. 2Pd 2.15a. E, (ccc)
O prêmio de Balaão. Judas v. 11.
v.
A doutrina de Balaão, que também se
transformou no seu erro, era que, raciocinando segundo a moralidade natural, e
assim vendo erro em Israel, ele supôs que Deus, justo teria de amaldiçoá-lo.
vi.
Era
cego para com o padrão de moralidade de DEUS.
vii.
O
“caminho de Balaão”, diz Scofield: “Balaão (Nm. 22 a 24), foi o típico e
profeta de aluguel, ansioso apenas por mercadejar com o dom de Deus.
viii.
Este
é “o caminho de Balaão” (2 Pd 2.15)”. No tocante a “doutrina de Balaão”,
continua Dr. C. I. Scofield: “A doutrina de Balaão” era o seu ensino a Balaque,
rei dos moabitas a corromper o povo (israelita), o qual não podia ser maldito
(cf. Nm 22.5; 23.8; 31.16), tentando-os a se casarem com mulheres moabitas,
contaminando assim seu estado de separação e abandonando seu caráter de
peregrinos.
ix.
É
tal união entre a Igreja e o mundo que se torna em falta de castidade
espiritual (cf. Tg 4.4), e o resultado de tudo isso é a Igreja ficar
contaminada”.
4.
Doutrinas dos
nicolaítas.
a. Você deve ter observado
que na igreja de Éfeso, o Senhor Jesus aborrecia “as obras dos nicolaítas” (2.6
e ss), e aqui na igreja de Pérgamo, ele aborrece a sua “doutrina”. Alguém
observa: “o mal sempre se alastra em escala crescente”.
b. Essa doutrina
é semelhante à de Balaão, conduzindo a um rebaixamento do padrão moral.
5.
Arrepende-te
senão virei contra ti e combaterei com a espada da minha boca.
a. A espada é a
palavra de Deus” (Ef 6.17), e em (2Ts 2.8), ela é chamada, exatamente: “o
assopro da sua boca”.
b. Deus destruirá
quem não se arrepende com a sua palavra. Imagine as maldições da Bíblia
acontecendo na vida de uma pessoa.
6.
Ao que vencer darei eu a comer do maná escondido e
dar-lhe-ei uma pedra branca, e na pedra um novo nome escrito.
a. Os gnósticos ofereciam as vantagens abertas – “tudo o que
você pode ganhar esta disponível pra você, então curta, viva a vida”. Isso é o
que eles diziam.
b. O maná escondido é um pão que DEUS separou somente para
os vencedores.
c. É o corpo de Cristo que ainda não foi revelado.
d. A palavra “maná”vem do hebraico, “Man Um” que quer dizer:
Que é isto?
e. Conferia-se a
pedra branca a um homem que sofrera processo e era absolvido. E como prova,
levava, então, consigo a pedra para provar que não cometera o crime que se lhe
imputara.
f.
Era
conferida também a vencedor de corridas e de lutas, como prova de haver vencido
seu opositor.
g. A pedra da
amizade: Dois amigos poderiam, como sinal de amizade, partir uma pedra branca
pelo meio, e cada um ficava com a metade.
h. Também era
conferida ao guerreiro, quando de volta da batalha e da vitória sobre o
inimigo. Esta forma de interpretar o texto, se coaduna bem a tese principal.
Nesta passagem, a pedra branca será entregue ao “Vencedor” do inimigo de Deus e
dos homens: o diabo.
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Ronildo da Cruz Ribeiro
IDPB Monte Horebe
Manaus, AM 04 de maio de 2014
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