O verdadeiro Jejum - 1 Como Temos Jejuado?

 Texto: Isaías 58:1-14




Este sermão foi dividido em três partes. Do versículo 1 ao 5; do 6 ao 10 e do 11 ao 14.



1ª parte - Como temos jejuado?

2ª parte - O que DEUS espera de mim neste Jejum? e

3ª parte - As recompensas do verdadeiro Jejum!




O jejum é a prática de não se alimentar por certo tempo (1Rs 21.9). 


Como prática religiosa, é voluntário, exige pureza de vida (Is 58.3-7) e exclui a exibição (Mt 6.16-18).  


Em duas passagens no NT relata-se que a liderança da Igreja, seguindo o costume judaico, orou com jejum (At 13.2-3; 14.23). Dicionário Almeida.



Quando jejuamos ou comemos fazemos isso para o Senhor ou somente para nós?


  1. Será que vamos jejuar nestes 21 dias somente por que é uma tradição da igreja? Todos estão fazendo, então vou fazer também.


  1. Quando termina o horário do jejum, nós temos entregado ele ao Senhor? Ou simplesmente comemos sem nem ao menos orar?


  1. Quando iniciamos o jejum do dia, temos que falar para o Senhor que estamos naquele horário em diante jejuando e, é muito importante fazer períodos de meditação na sua palavra e oração.


  1. Qual o propósito do jejum?



1. (vv.1) Clama a plenos pulmões, não te detenhas, ergue a tua voz como a trombeta.


O profeta Isaías deveria fazer uma proclamação pública em altos brados. Ele deveria denunciar todos os pecados do povo de DEUS. Os que estivessem vivendo em transgressões deveriam ser confrontados pela palavra. A voz da repreensão deveria ser uma chamada à ação e à mudança.

 

O povo de Deus precisava ser repreendido, corrigido, para que voltasse a vontade de DEUS. 


Ao que tudo indica, devemos entender que o clamor era um grito contra a hipocrisia, conforme o versículo 2 dá a entender. 


Eles concordavam com suas cabeças, mas o coração do povo não estava sendo modificado por esse exercício espiritual.


Aqui tem uma ordem direta do próprio DEUS, de que o profeta, ou sacerdote anuncie em voz alta que o povo reconheça seus pecados e maldades e, busquem o arrependimento.


Porque em voz alta? Para que todos ouçam. Para que se crie nos corações contritos a disposição para o arrependimento.



2. (vv.2) Pareciam desejosos…


Eles agiam como se fossem uma nação que praticava a fé verdadeira de todo o coração.


Eles praticavam as ordenanças, faziam os sacrifícios e entregavam seus dízimos e ofertas.


Parecia que estavam praticando a justiça social e se deleitavam em serem o povo de DEUS.


Eles aparentemente, eram pessoas devotas. Mas a partir do versículo 4 mostram que tudo era pura hipocrisia. 


DEUS não estava impressionado com aqueles atos de aparente piedade. Eles acreditavam que suas práticas externas da religião, lhes justificariam diante de Deus. 


Muitos hipócritas não sabem que são hipócritas, e as descrições aqui quase certamente falam de pessoas que, sinceramente, pensavam ser pessoas espirituais.


Jesus trata disso de forma muito clara em Mateus 7:15-23, que trata de pastores que são lobos  vestidos em pele de cordeiros, eles mostram uma prática religiosa que destoa de que de fato eles são. Eles vivem de aparência! Hipocrisia!


Quantas vezes temos agido dessa forma? Quando tudo começa a dar errado, corremos para o Senhor, por causa do alívio de sua presença santa. 


Porém quando a palavra do Senhor exige uma mudança de mentalidade (forma de pensar, ou disposição para pensar), nós nos recusamos e começamos a criar todo tipo de argumento para justificar as nossas práticas. Romanos 12:2.


Temos nos aproximado de DEUS somente para cobrar os benefícios do jejum que temos feito, ou da oferta e dízimos que temos dado, porém temos esquecido dos princípios, ou veredas antigas que exigem um padrão de mudança.



3. (vv.3) Porque não atentas para o nosso Jejum?


O povo daquela época perguntava de DEUS porque temos jejuado e o Senhor não tem atentado para isso? E essa pergunta podemos fazer nos dias de hoje. Porque não atentas para o nosso jejum?


  1. Eles tinham motivos pessoais para jejuar, mas esse exercício em nada alterava a forma como se relacionavam com as outras pessoas. Não havia amor naquilo.


  1. Eles estavam envolvidos em todo aquele “espetáculo”, mas secretamente oprimiam seus empregados, os pobres e outras pessoas de menos poder que eles. Dt. 24:14-15 - Não oprimirás o diarista pobre e necessitado de teus irmãos, ou de teus estrangeiros, que está na tua terra e nas tuas portas. No seu dia lhe pagarás a sua diária, e o sol não se porá sobre isso; porquanto pobre é, e sua vida depende disso; para que não clame contra ti ao SENHOR, e haja em ti pecado.


  1. Este versículo pode dar a entender que aqueles homens iníquos, ao mesmo tempo que suspendiam o trabalho para jejuar, forçavam seus trabalhadores a trabalharem normalmente. O tempo do jejum era um dia de descanso.


Deus responde: vocês não jejuam para mim. Vocês jejuam para vocês!

  1. Jejuam porque todos estão fazendo.

  2. Jejuam como moeda de troca.

  3. Não existe arrependimento pleno.

  4. Já estão pensando na recompensa e não veem a hora de voltar a comer.

  5. Não se quer pagar o preço de ficar com fome o tempo inteiro com a motivação de agradar ao Senhor.



4. (vv.4) Jejum que acaba com brigas. 


- Eis que para contendas e debates jejuais, e para ferirdes com punho iníquo; não jejueis como hoje, para fazer ouvir a vossa voz no alto.


Será que é possível jejuar para depois brigar com o seu irmão? O texto diz que sim! É muito possível que estivesse acontecendo isso nos dias do profeta; e hoje tem sido diferente?


Quantas vezes ferimos nossos irmãos com punhos de iniquidade! A iniquidade destrói os relacionamentos e é um pecado que acontece dentro da igreja. 


Iniquidade é um pecado que consiste em não reconhecer igualmente o direito de cada um, em não ser correto, em ser perverso (Sl 25.11; 51.5; Is 13.11; Mt 7.23; Hb 1.9).


  1. Ferir com punho iníquo é machucar as pessoas jogando o seu passado em seu rosto. É trazer à tona defeitos e dificuldades que o irmão passa.

 

  1. Acontece quando eu desprezo as fraquezas e necessidades do meu irmão.


  1.  Algumas vezes legalizamos a iniquidade quando a justificamos com a bíblia.


  1.  O verdadeiro Jejum, acalma as tempestades do meu coração. Traz paz; traz harmonia e produz inteligência.


  1. O Senhor quer ouvir nossa voz no alto - Ele quer sentir o cheiro de nosso sacrifício. Rm 12:1-2.


  1.  O jejum deve quebrar o orgulho; deve quebrar as barreiras de relacionamentos e o orgulho espiritual.



Iniquidade

1. s. f. 1. Falta de eqüidade. 


2. Qualidade de iníquo. Uma pessoa iníqua é a que ofende a eqüidade, a retidão. É uma pessoa injusta.


3. Pecado que consiste em não reconhecer igualmente o direito de cada um, em não ser correto, em ser perverso (Sl 25.11; 51.5; Is 13.11; Mt 7.23; Hb 1.9).


3. É uma qualidade do maligno, uma característica de Satanás.




Equidade

1. s. f. 1. Justiça natural. 


2. Igualdade, justiça, retidão.


3. Imparcialidade - Colossenses 4:1 - VÓS, senhores, fazei o que for de justiça e eqüidade a vossos servos, sabendo que também tendes um Senhor nos céus.


4. É uma qualidade de DEUS.


5. DEUS é naturalmente justo.




5. (vv.5) Um dia para que o homem se humilhe.


- Seria este o jejum que eu escolheria, que o homem um dia aflija a sua alma...


Passar pelos movimentos do jejum se tornara algo inútil. O homem aparentemente se humilhava, mas logo em seguida estava brigando. Ele inclinava a cabeça como se feito de junco, mas seu coração era contencioso.


Chegava a vestir-se de cilício, aparentemente arrependido, mas, em vez de livrar-se de seus pecados, adicionava mais pecados à sua lista. 


Como está escrito em:


Levítico 16:29 - “E isto vos será por estatuto perpétuo: no sétimo mês, aos dez do mês, afligireis as vossas almas, e nenhum trabalho fareis nem o natural nem o estrangeiro que peregrina entre vós”. 


Mateus 5:16 - “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus”.


O que eles estavam fazendo não merecia o nome de “jejum”. O propósito do jejum tinha fracassado. 


O verdadeiro Jejum provoca a humildade; produz autoconhecimento; produz o reconhecimento de fragilidades e necessariamente o arrependimento.



6. Aplicação:

  1. Como faremos o nosso Jejum?


  1. Será mais um Jejum de 21 dias somente porque é uma prática da igreja?


  1. Estamos sendo convocados para ouvir a palavra profética, que opera a mudança.


  1. Estamos sendo convocados a deixar o SENHOR DEUS tocar nossos corações.


  1. Estamos sendo chamados ao arrependimento, à contrição, ao choro e ao pedido de perdão.


  1. Hoje, começa o processo da cura que temos buscado e estamos sendo desafiados a 21 dias de transformação.



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Pr. Ronildo da Cruz Ribeiro

Manaus, AM 02 de setembro de 2019



Muito importante:🙏




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